Ryanair abandona teste de idioma que impedia embarque se o passageiros errasse

A companhia aérea de baixo-custo mais famosa da Europa, a Ryanair, vinha sendo acusada de racismo e discriminação por exigir um ‘teste de nacionalidade’ com prova linguística, a fim de permitir alguns embarques em seus voos. No entanto, a medida caiu nesta semana.

Como o AEROIN repercutiu há alguns dias, a empresa aérea Ryanair vinha exigindo um teste de conhecimentos gerais para passageiros da África do Sul. Desta forma, apenas o passaporte sul-africano não bastava para alguns viajantes, que precisavam fazer um teste na língua africâner, ainda que tivessem residência em um país europeu.

A política causou indignação na África do Sul, onde muitos negros associam o africâner aos dias do governo da minoria branca. O país tem 11 línguas oficiais e a Ryanair nunca explicou porque escolheu o africâner para o questionário, que continha perguntas como qual é o código de discagem internacional da África do Sul, qual é sua capital e quem é o atual presidente do país.

Depois de muita polêmica, a empresa enfim decidiu banir a prática. O anúncio repercutiu na mídia internacional, com o CEO da empresa dizendo que não concorda com um teste obrigatório, embora veja com preocupação a questão dos passaportes falsos.

Os casos de passaportes falsos têm sido investigados pelo próprio govenro da África do Sul, mas nenhuma companhia aérea tem barrado passageiros por causa disso, com exceção da Ryanair. Inclusive, muitos questionam o por quê de a empresa ter feito isso, já que passaporte falso não significa que a pessoa não nasceu na África do Sul ou algum país vizinho. E pessoas que tem visto americano ou europeu válidos têm sido barradas, mesmo sendo um documento totalmente legal.

Abaixo, um exemplo do teste que vinha sendo aplicado.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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