Uma ocorrência no voo da American Airlines do Rio de Janeiro para Miami, nos Estados Unidos, na madrugada da última sexta-feira (29), voltou a levantar preocupações sobre o número ainda elevado de comportamentos indisciplinados a bordo de aeronaves.
Os tripulantes da companhia aérea enfrentaram uma situação em que um passageiro indisciplinado, gritando, foi controlado por outros passageiros na galley do avião.
As imagens de vídeo a seguir, obtidas pelo canal WPLG Local 10, mostram o passageiro sendo dominado no chão da cozinha do Boeing 777:
O caso visto nas cenas acima ocorreu a bordo do Boeing 777-200ER que cumpria o voo AA948. A aeronave decolou do Aeroporto Internacional do Galeão por volta das 22h30, mas os gritos contínuos do suspeito acrescentaram uma atmosfera tensa durante o voo. Ainda não está claro o que desencadeou a situação.
Os métodos de contenção utilizados pelos passageiros, que teriam incluído tentativas de colocar fita adesiva na boca do indivíduo indisciplinado, chamaram a atenção para o sempre polêmico uso desses recursos em voo. Segundo a mídia norte-americana, a American Airlines ainda não forneceu uma declaração oficial sobre o incidente recente.
Este incidente espelha uma ocorrência semelhante em julho de 2021, quando membros da tripulação da American Airlines usaram fita adesiva para prender uma mulher à sua poltrona durante um voo de Dallas Fort Worth para Charlotte.
A fita adesiva como técnica de contenção ganhou atenção pública depois que um passageiro da Frontier Airlines, acusado de má conduta, foi amarrado à sua poltrona no mês seguinte. A United Airlines posteriormente alertou seus comissários de bordo contra o uso de fita adesiva, sugerindo a disponibilidade de outros itens designados para fins de contenção.
Os dados mais recentes do Departamento de Transporte para 2023 revelam uma queda significativa de 66% nos incidentes relatados de passageiros indisciplinados em comparação com o pico em 2021. O aumento no comportamento disruptivo durante 2021 foi atribuído principalmente a tensões relacionadas a mandatos de uso de máscaras e políticas da pandemia. No entanto, os números atuais ainda ultrapassam os níveis pré-pandêmicos, indicando um problema contínuo a ser enfrentado pela indústria da aviação.
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