No último dia 30 de agosto, uma equipe de cientistas e acadêmicos publicou um relatório que afirma ter localizado o Boeing 777-200 desaparecido durante o voo MH-370, da Malaysia Airlines. Richard Godfrey, um engenheiro aeroespacial que investiga o desaparecimento do MH-370 desde 2014, em conjunto com seus colegas Dr. Hannes Coetzee e Prof. Simon Maskell, divulgou um relatório detalhado de 232 páginas descrevendo suas descobertas.
O voo MH370 partiu do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, em 8 de março de 2014, às 00h41, horário local, com destino ao Aeroporto Internacional de Pequim Capital, na China, programado para chegar às 06h30, horário local. No entanto, o MH370 nunca chegou ao seu destino.
O voo MH370 foi desviado para o Oceano Índico e caiu após sete horas e 46 minutos, aproximadamente 11 minutos após esgotar o combustível. A bordo da aeronave estavam 227 passageiros e 12 tripulantes, representando 14 nações diferentes, incluindo 153 passageiros da China e 38 passageiros e 12 tripulantes da Malásia.
Durante anos, pairou mistério sobre o paradeiro do Boeing 777-200ER e a questão de “se o avião seria encontrado” permaneceu sem resposta. No estudo mais recente, a equipe empregou uma tecnologia de radioamador inovadora chamada Weak Signal Propagation Reporter (WSPR) para rastrear e detectar a aeronave.
Desenvolvida ao longo dos últimos três anos, a tecnologia de rastreamento de aeronaves é considerada pelos cientistas como “fornecedora de novas e confiáveis evidências na busca“. Quando uma aeronave cruza uma ligação WSPR, ela causa interferência no sinal, e esse evento é registrado em um banco de dados global.
Com base em 125 eventos de interferência identificados, a equipe de pesquisa conseguiu determinar 67 possíveis posições do MH-370 durante as seis horas e 27 minutos de voo a partir da última localização registrada pelo radar da aeronave. Segundo Richard Godfrey, a localização principal indicada é 29.128°S 99.934°E, situada a 842 milhas náuticas (1.560 km) de Perth, na Austrália.
A área de possível queda tem dimensões de 70 milhas náuticas por 40 milhas náuticas (130 km por 74 km), sendo que aproximadamente 46% dessa nova área já foi anteriormente pesquisada.
A equipe de pesquisa enfatizou que “os resultados deste estudo de caso corroboram as análises prévias conduzidas pela Boeing, Inmarsat e pela análise de deriva realizada pela Universidade da Austrália Ocidental com base nos destroços do MH370 encontrados no Oceano Índico”.
Como próximo passo, o Prof. Simon Maskell está trabalhando na adaptação de uma variante do algoritmo originalmente desenvolvido pela DSTG (Defence Science and Technology Group) da Austrália para determinar a possível localização do acidente do MH370, desta vez incorporando os dados do WSPR.
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