IATA pede ação urgente após estreia de novo sistema de informações de carga aérea na União Europeia

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) emitiu um posicionamento na segunda-feira, 6 de março, no qual pede uma ação urgente para resolver o lançamento desarticulado do novo Sistema de Informação Antecipada de Pré-Carregamento de Carga (PLACI, na sigla em inglês) da União Europeia (UE).

A IATA alerta que o PLACI entrou em operação em 1º de março de 2023 enquanto 12 Estados europeus não estão prontos e não forneceram informações definitivas sobre seus cronogramas de prontidão. Como resultado, existe o risco de aumentar as dificuldades da cadeia de suprimentos com atrasos no desembaraço alfandegário.

Alguns dos maiores aeroportos centrais de carga aérea da Europa estão localizados nos 12 estados que não estão prontos para o PLACI: Áustria, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Estônia, França, Grécia, Luxemburgo, Holanda, Polônia, Romênia e Suécia.

“É exasperante que 12 governos europeus não tenham cumprido o cronograma de implementação e ainda não tenham fornecido uma indicação definitiva de quando estarão prontos. Esses estados devem fornecer com urgência a clareza necessária para permitir que as companhias aéreas adaptem seu próprio planejamento de implementação”, disse Brendan Sullivan, chefe global de carga da IATA.

O sistema PLACI é uma nova camada de informações avançadas de segurança para remessas de carga aérea que entram na UE. Em 2019, foi adotado o cronograma de implementação a partir de 1º de março de 2023. Com os preparativos incompletos em 12 estados europeus, as transportadoras aéreas devem reorganizar seu próprio planejamento de acordo com o nível de prontidão ainda a ser anunciado desses países.

A apresentação de informações antecipadas sobre a carga permite que os países identifiquem e avaliem os riscos relacionados às remessas de carga antes da chegada da remessa ao país de destino.

Essa nova camada de segurança deve ser aplicada antes do carregamento de remessas com destino à UE e está em conformidade com os princípios estabelecidos pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI/ICAO) e pela Organização Mundial de Alfândegas (WCO).

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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