Mãe sai vitoriosa em ação após empresa aérea dizer que crianças não tinham direito a assento no voo

O caso envolvendo uma mãe e a companhia aérea American Airlines ganhou os holofotes após a passageira processar a empresa e sair vencedora. Segundo relatos, a comissária de voo afirmou que crianças não tinham direito a assentos e poderiam ser expulsas por qualquer motivo, o que foi considerado insano pela passageira.

Segundo reporta a mídia americana, a história começa quando a mãe embarca em um voo com destino a Portland, acompanhada de seus dois filhos gêmeos de apenas 18 meses, cada qual com seu próprio assento.

No entanto, uma comissária de bordo se recusou a permitir que os assentos fossem utilizados, alegando que crianças menores de dois anos não podem ser acomodadas sem cadeirinha, apesar da política da empresa, disponível no site, alegar que sim, as crianças podem sentar em seus assentos, desde que consigam sentar-se sem ajuda e com cinto de segurança bem ajustado.

A comissária de bordo ameaçou retirar a família, mas outro passageiro se ofereceu para deixar uma das crianças em seu colo, viabilizando a viagem do grupo. A outra criança acabou viajando no colo da mãe e os dois assentos comprados ficaram vazios.

Após o voo, a passageira decidiu, então, processar a companhia aérea por não reembolsar o assento comprado e considerando que a comissária estava errada ao se basear numa interpretação equivocada das políticas da empresa.

Do seu lado, a American Airlines negou o reembolso do assento, utilizando-se do argumento de que a criança viajou em sua total segurança até o destino final.

No entanto, a passageira alegou que a companhia violou o Contrato de Transporte ao impedir o uso do assento comprado. Embora a passageira afirme ter havido uma disputa sobre onde e como os bebês deveriam sentar-se, não é contestado que eles viajaram com segurança até o destino final.

No final, o motivo pelo qual o caso foi considerado no tribunal foi que a passageira comprou um serviço que não pôde utilizar e não teve seu dinheiro reembolsado.

A American Airlines não conseguiu encerrar o caso através de um acordo e a mãe saiu vitoriosa no tribunal, recebendo uma indenização de 3.500 dólares. A mãe, Erika Hamilton, afirmou que seu objetivo principal era apresentar uma questão simples, que não deveria ter sido motivo de discussão.

Segundo ela, a grande questão enfrentada pelos consumidores é a falta de solução rápida para casos em que as empresas agem de forma errada e prejudicam os clientes.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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