Mulher diz que ajudou a impedir uma deportação forçada em um voo da BA para a Jamaica

Uma mulher diz que ajudou a impedir uma deportação forçada em um voo da British Airways (BA) para a Jamaica, recusando-se a sentar-se enquanto o avião taxiava para a decolagem. A passageira, Helen Gaffey, descreveu como ela e outros passageiros desobedeceram às instruções da tripulação e se recusaram a sentar. O avião teve um atraso de três horas, pois o deportado e sua escolta de segurança foram retirados da aeronave.

O homem que estava sendo deportado vivia no Reino Unido desde os quatro anos de idade e estava sendo fisicamente contido por seis seguranças na parte traseira do avião. Helen entrou em contato com uma instituição de caridade de direitos humanos para pedir conselhos ao perceber que um deportado estaria no mesmo voo que o seu.

Segundo reporta o site de notícias PYOK, os passageiros expressaram seu descontentamento com a deportação e se recusaram a sentar. Eventualmente, apenas Helen e outro passageiro permaneceram em pé. Helen foi ameaçada de ser expulsa do voo e acabou se sentando.

Helen questionou a tripulação sobre a deportação e destacou o fato de ter uma pessoa fisicamente contida em um voo de nove horas. No entanto, a tripulação parecia indiferente à situação.

O avião retornou ao portão de embarque e o homem deportado foi removido da aeronave. Helen criticou a British Airways por não considerar o problema das deportações em seus voos.

A British Airways alega estar legalmente obrigada a aceitar deportados involuntários. A empresa não respondeu a um pedido de comentário do PYOK, mas em 2019 afirmou que é uma exigência legal deportar pessoas quando solicitado pelo Ministério do Interior. A British Airways só pode recusar a deportação se houver ameaça à segurança da aeronave e dos passageiros.