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Passageiro clandestino usou “técnica engenhosa” para passar “invisível” na fiscalização antes do voo

Um incidente recente a bordo de um voo da Delta Air Lines de Salt Lake City para Austin, nos EUA, levantou preocupações sobre os protocolos de segurança depois que um intruso conseguiu embarcar na aeronave sem ser detectado. Wicliff Yves Fleurizard foi preso depois que os comissários de bordo perceberam que não havia um assento sobrando para ele a bordo do Airbus A320.

Segundo os autos do processo vistos pelo site PYOK, os promotores alegam que Fleurizard entrou clandestinamente no voo DL-1683 ao tirar uma foto do cartão de embarque do celular de outro passageiro. Isso permitiu que, de alguma forma ainda não totalmente esclarecida, ele driblasse os agentes do portão e obtivesse acesso não autorizado à aeronave.

Uma vez a bordo, ele foi inicialmente avistado por um comissário de bordo ao abrir uma porta de equipamento de emergência, embora o comissário tenha presumido que ele estivesse simplesmente procurando um lavatório.

De fato, era isso e Fleurizard se escondeu em um lavatório na frente do avião durante o embarque e depois, quando todos já estavam a bordo, ele saiu e tentou encontrar um assento. No entanto, ao perceber que não havia assentos disponíveis, ele se moveu para outro lavatório. Foi somente quando os comissários de bordo cruzaram o manifesto de passageiros que eles descobriram que a presença de Fleurizard não era autorizada.

A aeronave foi forçada a retornar ao portão, onde Fleurizard foi detido pelas autoridades. Investigações subsequentes revelaram imagens de segurança mostrando Fleurizard supostamente tirando fotos dos cartões de embarque móveis de outros passageiros no aeroporto.

Ideia arriscada

Em sua declaração à polícia, Fleurizard afirmou que estava tentando viajar para casa. Ele admitiu ter tentado embarcar antes em um voo da Southwest que estava com overbooking (com mais passageiros do que assentos). Ao invés de esperar um próximo voo da empresa para a qual tinha passagem, ele teve a “ideia” de tentar entrar em outro avião, mesmo sabendo que não tinha uma passagem.

O incidente destaca possíveis brechas nos procedimentos de segurança das companhias aéreas, especialmente em relação à verificação dos cartões de embarque e das identidades dos passageiros. Se considerado culpado, Fleurizard enfrenta uma sentença máxima de cinco anos de prisão.

A Delta Air Lines ainda não comentou publicamente sobre o incidente, mas é provável que isso leve a uma revisão de suas medidas de segurança para evitar ocorrências semelhantes no futuro. Os passageiros são lembrados de permanecer vigilantes e relatar qualquer atividade suspeita à equipe da companhia aérea ou às autoridades para garantir a segurança das viagens aéreas.

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Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.