Passageiro que teve fratura nas costas processa Lufthansa e acusa pilotos de não ligarem aviso de cintos

Airbsu A330 da Lufthansa – Imagem: TJDarmstadt, CC BY 2.0, via Wikimedia

Um passageiro a bordo de um voo da Lufthansa de Austin, nos Estados Unidos, para Frankfurt, na Alemanha, em março passado, entrou com um processo contra a companhia aérea alemã, alegando que uma turbulência severa resultou em ferimentos.

Elwaleed Sidahmed apresentou o processo em um tribunal de distrito do Texas na semana passada, afirmando que a falta de atenção aos alertas meteorológicos pela companhia aérea levou ao incidente grave, informou a CBS Austin.

O incidente ocorreu durante o voo LH-469 da Lufthansa, que partiu de Austin por volta das 17h em 1º de março de 2023. O Airbus A330 estava voando a uma altitude de cerca de 37 mil pés (11,28 km) de altitude sobre o Tennessee quando encontrou uma turbulência inesperada de céu claro, ou seja, que não pode ser prevista, fazendo com que a aeronave caísse repentinamente. Relatos indicam que pelo menos sete passageiros e tripulantes foram hospitalizados após o incidente, com ferimentos que variaram de leves a graves.

A turbulência de céu claro é um fenômeno meteorológico comum e raramente resulta em algo mais grave como no voo da Lufthansa. De toda a maneira, o incidente mostra que pode haver consequências sérias para aqueles que não estão apertando o cinto de segurança durante a viagem, como o que ocorreu no referido voo.

Segundo Sidahmed, a turbulência não deveria ter sido uma surpresa para a companhia aérea, pois previsões meteorológicas e relatos de outros pilotos alertavam sobre tempestades e turbulências ao longo da rota de voo. Apesar desses avisos, ele alega que a Lufthansa optou por voar diretamente pela área de clima severo, colocando negligente os passageiros em risco.

De particular preocupação é a alegação de que os pilotos não ativaram os sinais de cinto de segurança antes da turbulência, deixando os passageiros despreparados para o solavanco repentino. Sidahmed, que não estava usando o cinto de segurança no momento, teria sido lançado contra o teto da cabine antes de ser empurrado com força de volta para o assento, resultando em ferimentos graves, incluindo uma fratura na lombar e hérnia de disco.

Após a turbulência, o voo continuou por quase duas horas antes de ser desviado para o Aeroporto Washington-Dulles. Sidahmed expressou frustração com o manejo da situação, especialmente a suposta exclusão de imagens de celular por comissários de bordo citando leis de privacidade alemãs, o que ele acredita ter comprometido evidências valiosas.

Até o momento, a Lufthansa não emitiu resposta ao processo.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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