Setor aéreo brasileiro teve forte recuperação em 2022, segundo relatório da ANAC

Aeroporto de Congonhas, em São Paulo – Imagem: Infraero

Nesta terça-feira (8), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgou o Anuário do Transporte Aéreo 2022, mostrando que no último ano, o setor brasileiro apresentou melhora significativa em seus principais indicadores, estabelecendo a retomada a aviação após os impactos gerados pela pandemia de coronavírus, iniciada em 2020.

Em 2022, foram realizados aproximadamente 831 mil voos, somados os mercados doméstico e internacional, representando um aumento de 39% com relação a 2021. Ainda somando os mercados, aproximadamente 98 milhões de passageiros foram transportados.

Dados detalhados revelam que no mercado doméstico foram realizados cerca de 731 mil voos, aumento de 33,7% em relação a 2021, e transportados 82 milhões de passageiros, aumento de 31,4% em relação ao ano anterior. Já a taxa de aproveitamento das aeronaves ficou em 79,4%, redução de 1,2% em relação ao observado em 2021.  

No mercado internacional, a recuperação dos índices ocorre de forma mais lenta. Nesse mercado, é necessário levar em conta a oferta de assentos, mas também fatores econômicos, como variação cambial. O Anuário do Transporte Aéreo de 2022 aponta que foram realizados cerca de 100 mil voos internacionais em 2022, um aumento de 89% sobre os números de 2021, quando foram registrados 53 mil voos. 

O número de passageiros transportados aumentou 227%, saltando de 5 milhões para aproximadamente 16 milhões. Ainda no período, a taxa de aproveitamento das aeronaves subiu de 55% em 2021 para 83% no ano passado. 

Considerando a participação das empresas no mercado doméstico, a Latam ultrapassou a Azul no número de passageiros transportados, atingindo a marca de 28,7 milhões de viajantes. A Azul e Gol transportaram 26,5 milhões e 26,3 milhões, respectivamente. Em termos percentuais, entre 2021 e 2022, Gol, Latam e Azul aumentaram seus números de passageiros transportados em 40%, 44% e 16%, respectivamente.  

Dados Contábeis 

O Anuário do Transporte Aéreo 2022 revela que 82% das receitas das empresas aéreas brasileiras são oriundas da venda de passagens, 10% provêm do transporte de carga, e apenas 2% das receitas são oriundas do transporte de bagagens.

Em contraponto, a participação dos gastos com combustível na composição dos custos das empresas aumentou de 26% em 2021 para 41% em 2022. Em 2022, as empresas áreas brasileiras tiveram prejuízos no valor de R$ 2,2 bilhões. 

Para conhecer mais detalhes, acesse a página do Anuário do Transporte Aéreo e conheça histórico dos indicadores do setor.   

Informações da ANAC

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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