Os voos da frota executiva da Força Aérea Brasileira tem por vezes levado esposas dos comandantes militares em viagens a serviço e isso foi questionado pelo Estadão. Pela regra, o uso dos assentos livres nos voos é prerrogativa da autoridade que o está solicitando e, não necessariamente, resulta em um problema legal ou ético.
O levantamento feito pelo jornal Estadão mostrou que as esposas do Comandante da Marinha e do Exército Brasileiro têm voado junto de seus esposos em viagens oficiais a serviço.
Rosaly Marcella Olsen, casada com o comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen, teria viajado 8 vezes em voos da FAB entre maio e julho, entre as cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Já Márcia Cristina Schoeller Borges Ribeiro Paiva, casada com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, fez um voo no dia 11 de maio de Brasília para Campinas, acompanhada do marido, da filha e do Ministro da Defesa, José Múcio.
Apenas o Comandante da Marinha respondeu ao Estadão, afirmando que a ocupação dos assentos livres fica a cargo de quem solicitou o voo, no caso o próprio Comandante.
O jornal também informou que a FAB não deu justificativas e extrapolou o prazo de resposta previsto na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Em nota oficial enviada ao AEROIN, o Exército Brasileiro informou que:
Os voos da Força Aérea Brasileira disponibilizam vagas para pessoas cadastradas no Correio Aéreo Nacional. Quando há assentos disponíveis na aeronave, eventualmente, familiares de militares do Exército, cadastrados e autorizados conforme critérios estabelecidos na legislação vigente, concorrem a tais vagas, em trecho específico.
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