O novo Ministro dos Portos e Aeroportos Márcio França (PSB-SP), recém empossado e escolhido por seu partido para comandar a pasta no governo Lula, disse à imprensa, durante a cerimônia de Transmissão de Cargo no ministério, que falará com o presidente da República sobre a situação dos aeroportos recém devolvidos para o Governo Federal e que será uma pauta prioritária do ministério durante sua gestão.
O ministro empossado colocou o assunto como prioridade na pauta do ministério: “Eu acho que (a prioridade) é administrar essa situação dos aeroportos que estão sendo devolvidos. Porque as empresas que ganharam as concessões não querem e aí nós temos um problema porque a Infraero também não sabe como gerenciar isso […] Eu vou tentar ir junto (ao velório do Pelé, ocorrido em Santos/SP no dia 03) para poder conversar sobre isso (com o presidente Lula)“, aponta França.
Os aeroportos devolvidos da inciativa privada ficam localizados em cidades estratégicas para a aviação comercial brasileira, como o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que era administrado pelo consórcio Changi Airport e Novonor (extinta Odebrecht), o aeroporto de Natal-São Gonçalo do Amarante (RN), até então administrado pela Inframerica, e o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), administrado pelo Consórcio Aeroportos Brasil.
Fortalecimento à Infraero e a aviação regional
O ministro Márcio França, também afirmou que quer fortalecer a Infraero, que antes pertencia ao extinto Ministério da Infraestrutura, que foi “fatiado” e a empresa estatal passa a ser gerida pelo Ministério de Portos e Aeroportos, além do incentivo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele adote o “modelo de aviação regional” para a expansão do setor no Brasil:
“Esse é um formato que nós vamos incentivar para que o presidente Lula concorde com isso: que os aeroportos regionais com menor número de passageiros, com aviões menores, podem ser uma grande solução para facilitar a integração nacional. Hoje, nós ficamos vinculados a empresas tentarem lotar os grandes aviões, e naturalmente isso tem um limite. Por isso tem menos voos”, pontua o ministro.
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