Após votação realizada durante Assembleia Geral Extraordinária desde as 18h00 da sexta-feira, 21 de julho, até as 22h00 do sábado, 22, Trabalhadores na Proteção ao Voo da empresa estatal de serviços de navegação aérea NAV Brasil aprovaram, com participação expressiva, a entrada da categoria em estado de greve:
Como mostrado previamente pelo AEROIN, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) explicou que o estado de greve ainda não significa a deflagração da greve, ou seja, ainda não terá nenhum impacto sobre os serviços prestados. Ou seja, nenhum voo no Brasil será afetado, por enquanto.
Porém, a aprovação de um estado de greve significa que o SNTPV, que representa controladores de voo, meteorologistas aeronáuticos, técnicos de informações aeronáuticas e operadores de estações aeronáuticas, civis, pode agora começar a tomar as medidas legais necessárias para a preparação de uma posterior deflagração de greve, que, por sua vez, também precisará de uma nova votação dos profissionais da NAV Brasil para ser efetivamente deflagrada.
Assim, caso as negociações com o governo federal não evoluam mesmo após esta demonstração de insatisfação da categoria na votação, as ações do Sindicato evoluirão para o possível início efetivo de paralisações de greve.
Conforme o vídeo mostrado acima, da live de apresentação dos resultados, realizada pelo SNTPV na noite de ontem, houve a participação de pelo menor 914 profissionais. O número ainda pode aumentar um pouco, pois, durante os dois dias de votação, houve um período de queda do sistema online de votação. Com isso, ocorreu envio de votos por e-mail (cerca de 100 e-mails), que ainda serão computados.
Entretanto, o resultado da votação não sofrerá alteração, já que o relevante número de 860 Trabalhadores na Proteção ao Voo da NAV Brasil optaram pela aprovação do estado de greve, enquanto 14 se abstiveram e 40 votaram contra.
O processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2025 com a NAV Brasil ocorre desde abril, sem avanços. A categoria reivindica a negociação do ajuste de 3,06% oferecido pela NAV Brasil, depois elevado para 3,86%, além de melhorias nas condições do plano de saúde.
O Sindicato vem alertando que os profissionais brasileiros do setor estão passando por um momento de crise, devido a perdas salariais e cortes de benefícios decorrentes de acordos coletivos com reajustes abaixo da inflação ao longo dos anos, além de vários outros aspectos. Destacou também que não houve atritos com a NAV Brasil, e que sempre houve um bom relacionamento com a empresa durante as negociações, portanto, a possível greve é apenas consequência de não evolução satisfatória dos termos negociados.
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